Coimbra

De boa no Mondegão

Passei mais de um mês numa das regiões mais quentes de Portugal, foi lá que acompanhei aos poucos a uma mudança sutil, porém significativa. O calor que chegou de mansinho na primavera aqueceu o significativamente o verão. Nos lugares onde as estações do ano são mais bem definidas, nota-se não só uma mudança do clima, mas também do comportamento e hábitos das pessoas.

Good times in Casas Novas de Palmeira

Casas Novas de Palmeira

Na intenção de explorar Portugal ao máximo, desci pro sul do país. Mais precisamente na região do Baixo Alentejo me deparei com mais um belo refúgio, longe de grandes e barulhentos centros urbanos. Há alguns quilômetros da pequenina cidade de São Teotônio encontrei, em meio a florestas de eucalipto, Casas Novas de Palmeira, 9 hectares de terra cultivados por uma adorável e peculiar família alemã.

Quinta do Barbeito

Uma das consequências que a vida no campo cada vez mais tem me levado é o afastamento de certas tecnologias, como computador e internet, por isso a ausência de post nas últimas semanas. Contudo me aproximei da beleza e simplicidade das maravilhas da natureza, como o canto dos pássaros, um ganso a andar ou o vento a passar.

Quinta do Sol

Quinta do Sol

Acordei sem pressa, dei boas espreguiçadas antes de me levantar da cama. Tomei um banho quente. Comi um pouco de tudo que sobrou dos dias anteriores, frutas, legumes, pão, sopa… saí de Peniche, passei por Coimbra, segui pela direção leste e cheguei na Quinta do Sol. Uma terra cheia de magia, com abrigos em forma de cúpula, espaços verdes agradáveis, divertidos e comestíveis, habitada por plantas, animais e pessoas cheias de bons sentimentos, boas intenções e que prezam pela sintonia entre homem x natureza.

Casal da Tia São

Era uma segunda-feira chuvosa quando levantei da cama uma hora mais tarde do que de costume. Enquanto organizava a bagagem ouvi pela última vez a orquestra de sapos. Despedi-me dos meus anfitriões daquela semana e os cães me acompanharam até o portão. Confesso que fiquei um pouco emocionado ao perceber o olhar triste deles, é certo que sabiam que não me veriam dali em diante. Acariciei-os pela última vez e entrei no carro com Denise, que me deu uma boleia (carona) até a estação de comboio, onde mais uma vez pegaria a estrada, ou melhor, os trilhos.

Ao chegar a meu destino

Denise & Jon

Depois de duas semanas “de boa”, passeando por Buçaco, Coimbra, Braga e Esposende o descanso acabou, junto com a maior parte do dinheiro que trouxe para o primeiro mês. Ou seja, hora de trabalhar!